terça-feira, julho 20

Geminação Angra - Horta


Angra do Heroísmo viveu iludida durante os anos de gerência de Sérgio Ávila.

Apesar do clima (aparente) de abundância e prosperidade, propagado no infindável egocentrismo de auto-elogios, e desproporcional valorização de actos camarários insignificantes, fazendo por exemplo, de um simples carrinho de vender castanhas na Praça Velha, uma grande festa de S. Martinho.

Assim sendo, apesar de uma gestão medíocre, a principal “obra” de Sérgio Ávila, foi uma excelente máquina de promoção e manipulação da opinião pública, apoiada na ocultação dos verdadeiros problemas de Angra do Heroísmo, por uma cortina de festa, comida e bebida...

Digamos que para esconder as verdadeiras feridas de Angra e evitar tratamentos curativos mas porventura impopulares, Sérgio Ávila preferiu embriagar os munícipes e proporcionar apenas tratamento paliativo mínimo.

O resultado soube-se depois...graves problemas financeiros e ausência completa de soluções ou planeamento para resolução problemas essenciais (abastecimento de água, trânsito, ordenamento do território por exemplo)

Em resumo...Angra sem Rei nem Rock.

Apesar de inicialmente julgar que a lufada de ar fresco e jovem que João Castro poderia significar para a semi-comatosa Horta, rapidamente baixei as expectativas...

Na realidade a política de João Castro para a Horta segue o modelo já esgotado e de maus resultados, utilizado por Sérgio Ávila em Angra do Heroísmo.

Política do Show off, do charlatanismo e da manipulação da imagem pública.

Ou seja, aparece mais do que faz, promete mais do que jamais fará e ainda se acha melhor do que ninguém acredita que será (nem o próprio partido).

É neste contexto que à semelhança de Sérgio Ávila, não interessam para a Horta, medidas estruturantes ou fracturantes, que possam incomodar os superiores interesses do PS de S.Miguel.

O que importante é aparecer, seja para inaugurar a sanita nova de uma qualquer habitação, para apresentar a décima versão de um projecto cuja execução prevista seria para 1996, ou tão somente para confirmar, reafirmar ou "triafirmar" intenções, há muito anunciadas por outros e nunca efectivadas.

Na mesma linha de Sérgio Ávila, a "esperteza" de João Castro, reside em perceber que para se manter, há que não chatear o patrão e atirar migalhas ao povo. Mas claro que migalhas com grande pompa e de preferência com muita festa e bebida.

Não interessa se a casa é de madeira podre...ficam satisfeitos com a sanita nova que a câmara ofereceu em frente às câmaras!!!

O povo é quem vota e o povo tem quem merece!!!

Também à semelhança de Sérgio Ávila, provavelmente já haverá para João Castro, um qualquer lugar governativo, reservado para quando deixar a câmara...mas só se te portares bem Joãozinho!!!