sexta-feira, junho 5

Biblioteca da Horta

Ainda sobre a Biblioteca e Arquivo da Horta continuo a achar discutível o sentido estético da adaptação do edifício, sobretudo a grande superfície de betão do canto, destoando completamente das superfícies “janeladas” do próprio edifício e de todo o complexo da igreja Matriz.
Além disso continuo também a achar discutível, ter-se hipotecado a hipótese de aproveitamento e adaptação da via pública, às custas do estrangulamento provocado pela quase invasão do edifício na chamada Rua do Sporting.
A Horta começa a ter sérios problemas de estacionamento e de trânsito, potenciados pela reduzida largura das ruas internas e pela falta de boas vias de escoamento de trânsito no sentido Leste-Oeste.
Neste contexto, a “Rua do Sporting” apresentava-se como uma boa (e talvez única) possibilidade de adaptação a principal via de derivação do trânsito do centro para a parte alta da cidade, assim como para aumentar o estacionamento.
A utilização milimétrica da volumetria do edifício veio inutilizar qualquer tentativa de “melhorar” os aspectos atrás descritos.
Mais um exemplo de medidas avulsas e ausência de planeamento urbanístico rigoroso e actualizado.

1 comentário:

RD disse...

Eu gosto do canto.
A questão é que o arquivo histórico e as câmaras de expurgo estão ali mesmo e não podem apanhar luz, humidade... enfim, tem que reunir determinadas condições (já que não há técnicos de arquivo que o tratem tão depressa).
Quanto á rua, há hipóteses que estão a ser equacionadas, precisamente pelo que falou.
Cmpts.