domingo, abril 27

"SABER AÇORES" AO LIXO


Sou consumidor assíduo da revista SABER AÇORES talvez desde 2002, sobretudo quando andava pelo mundo ao sabor do vento...sempre que cá vinha comprava um número no aeroporto e os restantes pedia a amigos que me enviassem.
Provávelmente terei uns 80% das edições desde então até hoje, o que me dá legitimidade para criticar o corpo redactorial do suplemento SABER SOCIAL.
Eu até gosto de ver o suplemento e divirto-me à procura de gente conhecida dos meus tempos de escola, mas é demais a parcialidade na cobertura de eventos...então nas restantes 8 ilhas dos Açores não há eventos sociais dignos de cobertura???
Só a título de exemplo nas últimas 8 edições, de 126 eventos cobertos, só 11 não foram de S. Miguel!!! E de referir que 2 foram fora da Região, ou seja só 9 disseram respeito a outras ilhas que não S. Miguel.
É verdade que S. Miguel é a ilha maior, mais populosa e com mais vida social, mas que raio, quando se publicam inaugurações de sapatarias, festas de Natal de serralharias e aniversários pessoais (tudo de S. Miguel) quando existem exposições conceituadas, teatro, festivais de cinema ou festas de âmbito regional em outras ilhas!!!
Há que definir objectivos: ou se assume como critério editorial a cobertura previligiada de eventos em S.Miguel e aí a revista devia mudar para SABER S. MIGUEL, ou então há que mudar a atitude egocentrista de não estar nem aí para o que acontece nas outras ilhas.
Por exemplo quando é alvo de cobertura, a inauguração de um novo espaço de uma empresa de produtos de jardinagem na Ribeira Grande, e nem uma linha ou foto sobre a estreia nacional em Angra do Heroísmo, de uma peça de teatro, protagonizada pela Manuela Maria e Sofia Alves, tendo sido inclusivamente alvo de 2 reportagens na revista LUX e 1 na CARAS...haja paciência!

QUEM FALA ASSIM...

"Garcia Marquez? É jogador não é..."

Octávio Machado em resposta ao inquérito de cultura geral do jornal O Independente.
Ex-agricultor, Ex-treinador de futebol...à semelhança de tantas outras "figuras públicas" do nosso país, só lhe resta escrever um livro.
Vocês sabem do que é que estou a falar...

quinta-feira, abril 24

DEVOÇÃO


Gosto de um cafézinho...
Gosto mesmo muito de tomar um café por aí!
Já o fiz desde a tasca mais degradada da pontinha, onde o chão era de terra batida e as mesas bidons de alcatrão vazios, até à sumptuosidade do Majestic...
Já satisfiz o vício no popular Piolho e no elitista BBC, na clássica Brasileira e no vanguardista Magnólia...à beira mar, na serra, em Portugal e no estrangeiro, na roulote em fim de noite e dentro do carro, no Astória, Café Império, Barcarola,Velasquez, Martinho da Arcada, Café da Ponte, Benard...
Cá nas ilhas também já vivi intensamente o café tomado no Peter, no Internacional, Volga, Simpatia, Mobydick, Ilhéu, Açor, Royal...
Enfim, não importa a forma, o modo ou o local...o café é uma devoção, assim como a conversa que à volta dele gira, autênticas tertúlias onde todos somos políticos, gestores, polícias, treinadores e médicos, provávelmente a falar com propriedade de tudo o que não sabemos, mas é assim o nosso café...PURO & DURO

quarta-feira, abril 23

RITUAL


Gosto de um cafézinho...
Gosto mesmo muito de tomar um café por aí!
Não é só pelo acto em si, mas pela atmosfera e ambiente que envolvem o hábito de tomar um café.
Mais do que digerir com maior ou menor sofreguidão umas goladas do néctar, há todo um ritual e devoção que criam atmosferas muito próprias e definem culturas.
Desde logo, pedir um cimbalino ou uma bica são comportamentos completamente distintos...mas também podem ser um garoto, um expresso ou um pingo.
Depois, há a forma rápida e decidida de ingeri-lo, em dois ou três golos, quase directos da chávena ao esófago...mas também pode ser lentamente saboreado em suaves e mínimas degustaçõs orais, prolongando o prazer!
Há quem tome o café de pé, num qualquer balcão, ou quem o prefira fielmente sentado, na mesa de sempre atrás da montra do estabelecimento do costume.
Por gosto pela solidão ou timidez, há quem o faça sózinho na penumbra da mesa do fundo, provávelmente encoberto na névoa do cigarro...e há quem venere fazê-lo na esplanada luminosa em tarde de enchente.
Há ainda quem, por inoportuna contingência laboral o faça ao lado da máquina, provávelmente em copo de plástico...ou à mesa de trabalho em caneca despertadora.
Há o religioso café pós prandial, meramente com objectivo digestivo, e há o típico coffebreak estratégicamente efectuado a meio de alguma tarefa menos agradável, não esquecendo o café social acompanhado do jornal, da nicotina ou simplesmente de uma troca de olhares com a dona do café da mesa ao lado...

SABOR


Gosto de um cafézinho...
Gosto mesmo muito de tomar um café por aí!
Não é só pelo aroma e sabor do néctar, mas pela sua personalidade.
Um café não é simplesmente um café e não é de todo o mesmo vício para todos.
Independentemente da marca, origem e do lote de cada um, há uma imensidão de características que variam de café para café e que podem até reflectir personalidades de quem dele usufrui.
Há quem o beba curto ou cheio. Há os que o preferem com açúcar, adoçante ou simplesmente puro, sem aditivos...há quem adicione um "cheirinho, e os que o querem "pingado".
Às vezes oiço pedirem-no em chávena escaldada e outras vezes em chávena fria!
Consoante o momento, pode ser café normal ou duplo, com ou sem espuma...
Aqui neste espaço, o café é ao gosto do cliente, há de todos os géneros, para alguns há-de saber bem...mas concerteza que também haverá cafés amargos...

sábado, abril 19

VÍCIO

















Gosto de um cafézinho...
Gosto mesmo muito de tomar um café por aí!
Não é só pela molécula de cafeina, embora de facto este dopping tenha tido uma importância relevante ao longo da minha vida.
Foi á custa da cafeína que mantive os olhos abertos à ciência, quando prolongava as noites de estudo, inevitavelmente nas vésperas dos exames da faculdade.
Nessa altura, para além do estímulo para o estudo, o café servia também para neutralizar os vapores etílicos nas saídas de fim-de-semana, quando a visão ia ficando turva e havia necessidade de manter a dignidade até chegar à cama...
Este alcalóide chamado de 1,3,7 trimetilxantina ainda hoje me acompanha ajudando a digerir os excessos nutricionais das refeições diárias, e aqui neste espaço, vai manter certamente a vigília sobre o dia a dia, batendo forte nos assuntos polémicos...de maneira pura, sem censura.
É uma forma de comentar e exorcisar excessos e névoas que toldam os nossos dias...provávelmente de forma parcial e discutível é certo, mas por isso mesmo pura, e sujeita a todas as críticas e opiniões contraditórias.

Aqui, cada café pode ser acompanhado de uma opinião que, pode ser interessante...ou simplesmente ridícula, mas será sempre livre...
Neste café não há reserva às entradas, mas exige-se decência e respeito por todos os clientes.